São Paulo,
08 de abril de 2013
Queridos irmãos em Cristo Jesus,
500.000. É muito
ou é pouco? Quando sabemos que essa é cifra de pessoas presas em nosso país já
foi ultrapassada, pensamos que é muito. Certo que muitos deles efetivamente
estão em tal situação em razão de escolhas que fizeram no curso de suas vidas.
Mas precisamos perguntar: Será que esse deve ser o fim da linha para cada um
deles?
Como cristãos,
entendemos que quando pensamos profundamente nessa questão a resposta deve ser
negativa. Embora os fatos pelos quais
homens e mulheres presos acabam sendo processados e condenados sejam não
somente reprovados por Deus mas também pela sociedade, nunca devemos nos
esquecer que para Ele sempre há a possibilidade de um outro caminho que a Sua
Palavra chama de Novo e Vivo Caminho.
Talvez muitos de
nós não tivemos qualquer contato com a realidade das Cadeias e da Justiça
Penal. Talvez, muitos de nós não conhecemos qualquer pessoa que nos é próxima e
tenha passado por isso. Assim, isso nos parece bem distante. Porém, se
aceitamos essa afirmação como verdade e refletimos sobre o que podemos
fazer, vemo-nos atados. Será que podemos
cooperar para trazer o Reino de Deus nessa questão?
Sim, nessa
semana em que se comemora o Dia do Preso, 24 de maio, sugerimos que possamos
focar nossos olhos para essa realidade e, como Igreja, além de desejar mudar
essa realidade e proporcionar aos presos outro caminho, pensemos na questão da
violência urbana, da realidade prisional e de caminhos para que aquele que
praticou um crime possa ir por outro
caminho. Muito difícil? Se sim, ao menos podemos e devemos orar (talvez até
separando um momento do culto para isso) para Ele:
1) Para que Deus levante o Seu povo a fim de responder de uma forma
relevante a questão da violência urbana e todas as suas consequências,
especialmente os que são vítimas delas.
2) Pelas pessoas que estão presas e as que acabam de cumprir pena, a
fim de que conheçam o novo Caminho que é Cristo.
3) Pela Igreja do Brasil a fim de que possamos nos unir para cooperar
na criação de políticas públicas na área prisional e para a reinserção do que
se envolveu com a prática de um crime, expressando o amor de Deus.
4) Pelas famílias dos que se envolvem na prática de crimes, pois acabam
se envolvendo, mesmo sem querer, nesse ciclo.
Não somos uma
organização mas um movimento que é chamado de Forum da Esperança, composto por
alguns cristão que tem o objetivo de ser instrumento de conscientização da
sociedade como um todo e da Igreja, em específico, para a mudança da visão
sobre a política penitenciária e a questão do egresso (= aquele que cumpriu
pena de prisão), além de auxiliar particularmente algumas pessoas nessas
condições ou próximas dessas condições, dando-lhes a oportunidade de visualizar
um outro caminho.
Por fim, se alguém sentir o chamado de se envolver de forma mais
efetiva e não sabe como e nem algum meio, que possa entrar em contato com a
gente, seja acessando o blog, seja enviando uma mensagem .
Pr. Otoniel
Kikuti
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